quarta-feira, 5 de junho de 2013

ANGOLA: A MACROECONOMIA DO EFEITO PERDULÁRIO E A MICROECONOMIA DO CAPITAL OPORTUNISTA.

A ausência de poupança individual e privada,  o elevado gasto público, o mercado nacional aquecido e em crescimento constante, tornam o Estado angolano o patrono "inchado" de obrigações. A contrapartida financeira da arrecadação via impostos é insuficiente, colocam como única opção a  elevação dos juros e/ou a redução dos subsídios a economia  como a alternativa de controle ao consumo não correspondido da a ausência de produção.
O sistema bancário este incapaz de absolver a poupança nacional e incorporar o fluxo de renda da economia informal em seus sistema demonstram a pouca eficiência das alterações dos juros e ou impostos como mecanismo de controle da economia.
O governo Angolano, diante das ferramentas disponíveis de controle da economia, "deslizam" no quesito políticas socioeconômicas eficientes, como a  distribuição e transferência de renda para o setor produtivo e social, ou estímulo expansão do consumo e da produção nacional.
Os ganhos ocorridos com o crescimento econômico recente,  seus retornos naturalmente concentrados na classe política nacional, encontram inércia no quesito empreendedorismo, dado o contragimento sistémico capazes de surtir como mecanismos de apoio a esta transferencias de maneira eficaz e regulada inibem a aceleração desejada da economia interna.
O comportamento micro, aquele entendido como o do empresariado nacional, cujo retorno do investimento é aplicado na economia interna, a aqui ainda fraco dada ao estímulo empreendedorismo nacional insuficiente espremem a capacidade de geração de emprego e consumo da economia Angola.
Os fundamentos macroeconómicos são de elogiar, quando se observa o controle da inflação, a parte fiscal controle alfandegários e o uso dos recursos públicos quando da canalização quase que totalmente para reconstrução da infraestrutura geral da economia, torna o Estado  o maior responsável para os efeitos  pelo crescimento.
Actualmenteação do governo, suas políticas no aspecto Micro, empresas, consumidores, o impacto econômico deve estimular o consumo e a oferta pela criação de novos serviços, nos diversos ramos da atividade, estimulo ao consumo seja pela redução de impostos ou geração de empregos. De modo geral, há necessidade de racionalização dos gastos ou uso dos recursos públicos de modo a torna-los  eficiente. Promover a  produtividade,  inovação de acordo aos recursos disponíveis é o novo desafio. Entende-se portanto que a aplicação da poupança nacional, deve ser  prioritariamente para o desenvolvimento nacional, contrário ao crescente envio de remessas para  exterior como cumprimento do pagamento das obrigações com a China principal parceiro económico de longo prazo.
Está visão contrapoe-se a economia voltada para o curtíssimo prazo, em que os agentes económicos buscam a obtenção de lucros oportunos diante da desorganização económica e pouco empreendem para o crescimento sustentável de longo prazo.Necessários se torna reduzir a necessidade de ganhos de curto prazo dos agentes micro, e induzir os investimentos de longo prazo como forma de geração de emprego, produção e consumo. Contrário a busca por lucros extraordinários remetidos para as matrizes de origem, sem qualquer compromisso de reinvestimento nacional.
A abordagem aqui proposta, destaca a necessidade de reversão do efeito perdulário visível macro expresso nas políticas ineficientes em termos manutenção do retorno e redução dos desperdícios de recursos. Cabe exemplificar a estagnação da zona económica de Viana, e do desperdício de recursos com a construção de estádios, e demais obras superfaturadas pelas empreiteiras estrangeiras tais provocadoras de custo de oportunidade sociais incalculáveis . Sectores com maior produtividade e lucratividade, predominantemente de matriz estrangeira deverão contribuir mais com o orçamento do governo. Estudos de projetos com maior taxa de atractividade deverão ser viabilizados de modo a gerar empregos aos Angolanos.  A pulverização do repasse de recursos aos sectores prioritários estimularia a concorrência e aumentaria a diversidade de consumo para os angolanos.
O compromisso e mudança estratégia, cabe ao governo, de modo a estabelecer aspectos relevantes do ponto de vista de curto e de longo prazo, ao associar -se ao setor privado de modo a dar um carácter mais eficiente a atividade econômica nacional em benefícios dos Angolanos.
Importante destacar a preocupação que a cada 1000.000.00 dólares gerado, 75% e´ remetido ou reinvestido fora das fronteiras da nação por proprietários de capital nacional e estrangeiro, e ainda agravado pela elevada remessa de dólares em forma de lucros das multinacionais estrangeiras, além da elevada importação de bens de variados graus na escala das necessidades nacionais pela ausência de produção interna capaz de suprir a demanda nacional.
Segundo dados compilados da OMC e FMI mais da metade do total da riqueza nacional é enviada para o exterior, o que não justifica a tendência anual da conta Transações Corrente TC>0 Superavitária, se comparada a Necessidade de Financiamento do Estado que representa mais 65% do PIB.  O custo da ineficiência dos gastos dos recursos, produzem efeitos  elevadíssimos sobre  o desenvolvimento nacional futuro. Tais custos são a manutenção do baixo desenvolvimento empresarial, a fraca empregabilidade da força de trabalho qualificada internamente, o fraco acesso a novas tecnologias, e de modo geral a fraca  competitividade da economia angolana se comparada aos países da região austral.
Portanto, se por um lado manter-se a macroeconomia do efeito perdulário, aqui entendido como a continuidade da retirada dos ganhos para o exterior e dos gastos ineficientes efetuados,  estaremos convivendo com a fraca contribuição da economia interna nacional, mantendo-se assim a dependência externa para a geração da riqueza e crescimento nacional e vulnerabilidade ao choque externo?

Um comentário:

  1. Olá Prezado Paulo,

    Gosto do modo como visualizas e transpassas esta visualização que tens da nossa economia, mais as nossa melhorias economicas não estão só dependentes de tecnicas economicas, mais de um conjunto de tecnicas sociologas, psicologicas e outros.

    O Angolano em si deverá ter um espirito conpremetido com o que se propor fazer, ainda que tu como economista cries uma estrategia infalivel se as pessaos responsaveis pela aplicação da mesma não estiver compremetida com o programa não terás exito.

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