terça-feira, 17 de junho de 2008

O SEGREDO DA SUSTENTABILIDADE




Existem previsões de crescimento discordantes. Estimativas alegam que o crescimento de Angola, hoje em torno de 21% (FMI) e/ou 27,5% (cooperação portuguesa), tenderá a afrouxar em 2009. Pressões inflacionárias derivadas do encarecimento dos preços dos alimentos no exterior tendem a pressionar as contas da balança comercial, devido ao encarecimento das importações, ou seja, a preços de alimentos mas caros, mas se paga para importação, por uma tonelada de determinado alimento. Portando supõe-se maior comprometimento das receitas futuras com base nas importações. Por outro lado, a variante alta do preço do petróleo internacional provoca expectativas de piora nas contas nacionais devido ao envio preocupante poupança interna para os exterior, diminuição das reservas em dólares para o pagamento das dívidas de toda ordem, atualmente destacada pela importação dos alimentos vindo do exterior, o pagamento da dívida interna pela emissão de títulos públicos.

Tudo isso começa a se complicar aínda mais, e quase nos fazendo concordar na tese teórica de possível afroxamento do crescimento do nosso país.


Com a crescente desvalorização do dólar no mundo, o que implica dizer que todo esse ganho que estamos a ter, não é bem aquilo que pensamos, as receitas advindas da venda dos barrís de petróleo não dão uma prespectiva super otimista em termos ganhos. Veja bem, o preço do petróleo tem nos favorecido aparentemente, porém o valor do dólar tem caído, e a inflação está a ser pressionada para cima externamente, internamente a estabilidade inflacionária principal marco alcançado pelos economistas do país, menos de 11% ao ano, aguentará?. Ora! onde está o nosso ganho realmente? Estamos tendo receitas esperadas concretas? DESVALORIZAÇÃO DO DÓLAR E INFLAÇÃO DOS ALIMENTOS IMPORTADOS NOS DÃO SALDOS FAVORÁVEIS EM TERMOS DE ACÚMULO DE DÓLARES??
Bom a melhor resposta está nas contas do governo. Dados divulgados pelo Banco Nacional referente ao período de 2006 a 2007, mostram a fragilidade das nossas contas externas, no tocante a dependência preocupante das oscilações do petróleo. Cerca de 57% do que é produzido ou ganho com petróleo está comprometido com dívidas. Além do forte aumento do individamento do estado para financiar seus gastos pela venda de títulos pelo banco nacional. Hoje estamos a rir com a alta dos preços, porém os gigantes adormecidos e insaciáveis chineses e indianos decidiram começar a consumir alimentos e bastante combustíveis pondo a capacidade internacional da OPEP e demais países ofertantes em xeque devido vários problemas estruturais como a insuficiente oferta,oligopolização do setor, subsídeos e barreiras agrícolas impostas a entrada de alimentos de países exportadores. Então, dito tudo isso, o que nós Angolanos Economistas, gestores e políticos devemos perceber? Pois é! O nosso crescimento não se esgota aqui, embora a economia internacional caminha incerta, nossas contas parecem assustadoras, existe aínda muita capacidade ociosa, muito onde tirar dinheiro, muito onde tirar lucros, pois a produtividade marginal do capital é estremamente crescente, isso quer dizer que se aplicares em uma industria ou negocio qualquer o retorno é mas do que proporcional ao seu investimento.


Já se perguntaram porque os estrangeiros estão em massa em Angola? Porque que os portugueses lutam para vir pra aqui? Porque angola sustenta 50% do PIB de portugal, o desemprego em portugal é altíssimo e o crescimento não passa dos 3%. Estamos na fase inicial aínda. Quem tiver ganha, e que não tiver também ganha sabendo aplicar o crédito concedido também ganha muito mais. Mas isso queremos para os angolanos, daí a necessidade de criação de classe empresarial forte, predominantemente de angolanos.
Estamos numa fase infinita de possíbilidades de ascenção se começarmos a aplicar o dinheiro que está a correr o risco de ser aplicado em futilidades por falta de visão ou ficarem no norte do mundo a render mas dinheiro para não angolanos. Então quem são os angolanos que têm chance? Além dos ministros, elite, são os Generais e tantos, os propensos a se tornarem a elite duradora caso queiram aplicar suas largas quantias acumuladas sem medo e com um sentido visionário de empreededorismo. Isso geraría mas emprego, por sua vez mas renda e por sua vez muito mas consumo seria mas um canal de crescimento, não somente dado pelo petróleo, que nos deixa reféns das oscilações externas.
Então gerar emprego não será somente função do Estado, também parte daqueles que souberem aplicar em investimentos como empresas, dando uma maior dinâmica a Angola, O SEGREDO ESTÁ NO EMPREENDEDORISMO do setor de serviços, EXPRESSOS pelos afortunados e visionários disciplinados...Força
PAULO BURITY OMBEMBWA, peconomista@ig.com.br

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